Urias Matos

Os primeiros dias de gestão do novo prefeito de Barra do Corda com certeza estão longe de ser um sonho, ao contrário, pelas informações já obtidas, o atual cenário da prefeitura de Barra do Corda está no patamar do pior dos mundos. Além dos salários atrasados, do saque nas conta-correntes e a pilhagem dos bens públicos que se espalharam por todos os setores, o prefeito precisará de um bom tempo até tomar noção exata do legado perverso que seu antecessor o deixou, isso porque Nenzin simplesmente ignorou e até ludibriou a justiça na intenção de não fazer a devida transição de governo, tudo meticulosamente calculado.

Apesar dos oito últimos anos no poder, Nenzin e seu grupo político já foram oposição e se especializaram em fazê-lo. Nos tempos do ex-prefeito Avelar Sampaio, mesmo levando em consideração sua desastrosa gestão, que dava munição quase que diária para os discursos de Rigo Teles no plenário da Assembleia Legislativa, o grupo também espalhava boatos pela cidade e usava todos os tentáculos no governo estadual para evitar qualquer sucesso do prefeito da época.

Com Eric Costa, Rigo e Nenzin sabem que tudo será diferente. Popular, carismático e inteligente, o atual prefeito é o inimigo dos pesadelos de qualquer adversário. Ao contrário de Avelar que cercou-se de parentes importados de pernambuco e afastou-se do cargo delegando-o a terceiros, Eric Costa tem pulso firme e principalmente desejo de entrar para a história como gestor eficiente, alie-se a isso a tenra juventude que o permite alçar vôos mais altos não apenas na política local mas também no âmbito estadual.

Nesse cenário a tática atual é dificultar a gestão, a primeira ação desse conjunto ensaiado e orquestrado foi a negativa do acesso da comissão de transição aos dados relevantes da prefeitura, sem eles, sabidamente os primeiros meses do prefeito deveriam ser de auditorias, reuniões internas e ajustes, demorando a de fato começar o seu governo. Dito e feito.

A segunda foi dilapidar pessoalmente ou através de terceiros o patrimônio da prefeitura, assim, além de desviar a atenção, o prefeito teria de concentrar-se não apenas em reajustar e reaparelhar a máquina mas também de buscar os culpados pelos furtou e puni-los, com certeza gente que sequer se dava conta do crime cometido e sem imaginar-se parte de um plano orquestrado.

A terceira e mais cruel, atrasar o salário dos funcionários e saquear as contas públicas. Com o atraso, o ex-prefeito joga a responsabilidade para o atual que vê-se obrigado, por força da lei a quitar os débitos, comprometendo de cara a gestão e evitando as primeiras ações do governo em face do estrangulamento dos recursos, também sugados criminosamente das contas para encher o bolso de Nenzin e de sua turma que não apenas torcem para o insucesso do jovem prefeito, mas de camarote armam todos os botes na intenção de seu infortúnio, só o tempo dirá quem vencerá essa peleja.